sábado, 19 de junho de 2010

É cor de rosa choque...




Sempre fui uma fiel defensora do sexo feminino, mas ao tempo, sempre achei essa "briga de sexos" algo bem inútil. Apesar de cada lado sempre querer provar que é melhor, ambos tem consciência que precisam um do outro, não só como indivíduos mas como espécie.
É claro que nós mulheres temos conquistado um grande espaço no cenário mundial. Como líderes, esposas, mães, amigas, irmãs, profissionais e todas outras milhares de funções que podemos desempenhar. Essa conquista é fruto principalmente do nossa auto-confiança, e reconhecimento do grande valor que temos. Creio que as mulheres nunca irão se igualar aos homens, e nem vice-versa. Eles não superior a nós, nem nós a eles. Nós somos diferentes dos homens em muitos quesitos, e isso não mudará!

Mas convenhamos, que mesmo diante de tantas lutas, e tantas conquistas, ainda há muito pela frente. Por exemplo, a cobrança da sociedade sobre as mulheres solteiras. Sempre que alguma mulher me pergunta se eu tenho namorado e eu respondo que não, essa pessoa me responde com um tom de pena: ah, mas você vai arrumar. Ou então: Nossa, como uma moça tão bonita não tem namorado?
Gente, hello! Quem disse que estar solteira é defeito? Minha vontade é responder: estou muito bem solteira, obrigada.
Ser solteira não é motivo pra dó nem pra ser tadinha não. A felicidade NÃO ESTÁ refletida em estar com alguém. Eu sempre repito meu lema de vida, ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADA.
Estou escrevendo tudo isso, porque de uns tempos para cá, eu venho observado que algumas mulheres não valorizam todas essas conquistas que nossas antepassadas suaram tanto (sobre um salto alto) para conseguir. Vejo que muitas mulheres não reconhecem o valor que tem. Que muitas se sentem desvalorizadas por não estar ao lado de alguém. E eu falo de mulheres bonitas, inteligentes, cultas, divertidas, etc. E falo isso, porque eu já me senti assim. Mas depois de levar tanto na cara, eu percebi que nós mulheres precisamos nos amar primeiro, para conseguir amar alguém.

Vejo mulheres extraordinárias, se contentando com migalhas, com tão pouco. Vejo mulheres incríveis pisando em ovos para estar ao lado de homens que não tem a mínima do noção de respeito, que é o básico para qualquer relação. E o mundo, está cheio desses homens. Homens que não respeitam o nosso espaço, que só querem estar ao lado de um corpinho bonitinho e pouco se importam com o que sentimos. Homens que não pensam duas vezes para trair nosso sentimentos, para mentir, para nos humilhar e nos desvalorizar. E de homens assim, caras leitores, eu estou correndo. De homens assim, nós não precisamos.
A sociedade cai, sim, em cima das mulheres solteiras. Como se elas fossem as tadinhas, e precisassem de um homem para estar felizes. Eu afirmo a vocês, que é impossível estar feliz ao lado de alguém, quando não se está feliz consigo mesmo. Não devemos nunca procurar a felicidade e satisfação em outra pessoa. Por que, caso você comece um relacionamento assim, você criará na sua cabeça uma teoria de dependência, de que a sua vida está naquela pessoa, e que sem ela você não pode nem consegue viver. E isso não existe. Sempre, quando termino um relacionamento, eu procuro pensar que nasci e vivi sem aquela pessoa até conhecê-la, e que eu não vou morrer, caso ela não queira, ou não mereça estar comigo.

Aquilo que Deus guarda pra você, eu te afirmo com toda certeza, ninguém te tira. E o que Deus guarda pra você é com certeza o melhor. E o melhor pra você, minha cara, não irá te trair, não irá mentir e não irá te fazer sofrer. Porque o seu Pai, não quer isso pra você.
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." I Pedro 5:7

Nós precisamos de tirar essa ideia de que precisamos ter um homem ao nosso lado para estarmos completas e felizes. Porque quando temos essa ideia, nós nos contentamos com migalhas, nos contentamos com aqueles que não nos merecem, e que pouco se importam com nosso valores, nossos princípios e com o que sentimos. E, todas nós sabemos que merecemos muito mais. Que merecemos homens muito fodas (com perdão da palavra). Porque nós somos maças do topo, nós somos princesas do Senhor, e não será qualquer um que oferecer um pouco mais de carinho e encanto que vai merecer estar ao nosso lado... Para estar ao lado de uma princesa, esse cara vai ter que suar muito, vai ter que provar que merece estar ao nosso lado, porque nós não estamos dispostas a derramar uma lágrima por causa deles. (Pelo menos eu não estou.)



Mulheres, meninas, moças que me lêem, vocês não imaginam o poder e o valor que tem. E quando todas descobrirem, ih, coitado do homens.

Um grande beijo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Grande Festa



Já tem algum tempo que estou pensando no que postar, desde o feriado de Corpus Crhisti. Mas tem me faltado inspiração e empolgação. E eu estou longe de ser uma pessoa que faz as coisas por obrigação. Afinal, se for pra fazer, tem que ser feito direito. Mas hoje, estou muito empolgada.

E eu não posso deixar de compartilhar com vocês, caros leitores, a experiência maravilhosa que tive neste último feriado de Corpus Christi.

Eu nasci e cresci num lar Cristão. Mãe, tias, avós, vivendo e crescendo dentro da palavra de Deus, dentro da igreja, e debaixo de muitas orações (graças a Deus). E, em consequência disso eu sempre ouvia a pergunta: Jesus já entrou na sua vida?
E desde bem pequena mesmo, eu me perguntava isso. Me lembro que uma vez até perguntei pra mamãe: Mamãe, Jesus já entrou na minha vida? Como que eu sei? Como que faz pra Ele entrar? Durante a minha pré adolescência comecei a responder automaticamente que sim, com o intuito de não sair da minha zona de conforto e de principalmente não ter que ir lá na frente de toda a igreja e etc. (Pra quem não sabe, quanto você toma a decisão de se converter é convidado a ir na frente de toda a igreja recber orações). Minhas respostas estavam baseadas em princípios, sempre fui um pessoa honesta, sincera, amorosa, e de valores rígidos. E, para mim, isso era aceitar Jesus. E foi, durante um bom tempo. Só que, eu comecei a ver que EU NÃO ESTAVA FAZENDO A DIFERENÇA. Quando as pessoas falavam: Nath, vamos fazer "não sei o quê" domingo? Ai eu respondia: Não posso, vou à Igreja. E eles retrucavam: Uai, você vai à Igreja? Isso começou a indagar em meu coração, se as pessoas ao meu redor estavam se surpreendendo com tal resposta, era porque eu realmente não estava fazendo a diferença.

'13Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha 15nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. 16Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.' (Mateus 5: 13-15)


Comecei a me sentir morna. Não estava fria com Deus, mas muito menos quente. Ia a Igreja por ir, não prestava atenção na maioria dos cultos, e, uma vez ou outra, recebia uma visita de Jesus em meu coração. Vivia uma vida baseada em princípios, e uma vida de pirncípios muita gente que nem nunca ouviu falar de Deus, tem. A palavra de Deus diz que Ele vomitará os mornos. E quando me perguntavam da salvação? Ai que meu coração desesperava mesmo! E sabe o que era esse desespero? É aquele desespero de quando você sabe que tem alguém tocando sua campanhia, mas você não quer atender.

(Apocalipse 3:16) Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.

Lembro-me que em 2006, muitas de minhas amigas estavam experimentando essa primeira experiência com Deus, e eu queria o mesmo. Fui a um acampamento, pensando assim, nesse acampamento minha vida vai mudar. Eu nem sabia o que eu queria que mudasse na minha vida, mas eu queria converter, poxa, todo mundo tava convertendo. Mas as coisas não acontecem quando nós queremos. Meu coração ainda estava muito duro pra receber Jesus. Eu não tinha sede do espírito, eu tinha sede de acompanhar minhas amigas.
Depois de algum tempo, em 2009, resolvi ir a um acampamento com outra amiga. Eu tinha percebido que ela estava mudada, e fiquei surpresa. Passei algum tempo frequentando a mesma igreja que ela, e a sede começou a crescer em mim cada vez mais. Queria sim ser sal da terra e luz do mundo. E durante essa sede, eu fui a um acampamento. Lá eu vi o quão grande é o poder de Deus. Um choro de comoção, e sede de mudança de vida tomou conta de mim durante esse acampamento. Por um tempo de mais ou menos dois meses eu continuei nessa sede. Só que, eu queria que Deus fizesse a minha vontade em minha vida, e não a dEle. Queria que ele falasse comigo de qualquer jeito, queria receber dons, queria me transformar da água pro vinho. Queria ter sabedoria pra converter nações, e que todos olhassem pra mim e falassem: Oh! Escutem o que ela diz, ela 'tá' certa. Queria sair daquela vida de mentiras da noite pro dia, e que todos acreditassem nas minhas palavras sem eu precisar provar nada, queria principalmente respeito e autoridade. A minha prepotência era tanta, que eu tampei os ouvidos para o que Deus queria me falar e fechei os olhos para o que Ele queria me mostrar. Eu queria viver dentro da palavra de Deus, não por causa dEle, mas para ir pro céu, e principalmente pros outros, que tanto me criticavam. Eu tinha me esquecido que sou pecadora, e comecei a pensar que era superior e melhor que todos. Queria que Ele respondesse minhas orações a qualquer custo. Para mim, tudo era uma troca. Eu não entendia o real sentido do que Deus queria para mim. E em consequência disso, comecei a quebrar a cara. Comecei a sentir o sillêncio de Deus. Eu pedia tanto a Ele, e esquecia de me agradecer. Mas quem disse que eu enxergava isso? A minha cegueira fez com que eu começasse a sentir uma raiva, raiva de mim, e raiva do Pai. Comecei a me sentir inferior, comecei a achar que Deus não gostava de mim, que Ele não fazia questão de mim. Para mim, Ele teria que me livrar de todas as tentações, de todos os medos, e de todas as más línguas. Eu não entendia que a vida com Deus é uma vida de renúncias! Para mim seria fácil. E não foi. Tal cegueira me faz afastar de Deus. Me fez sentir como a semente que cai entre espinhos. Me fez esquecer daquele amor imensurável que eu tinha sentido nos primeiros dias. Me fez esquecer o motivo pelo qual eu dobrei meus joelhos e chorei até secar. Me fez esquecer do amor misericordioso que Ele nutre incondicionalmente por mim. Eu queria que Ele fizesse em mim o que estava fazendo nos outros, e não podia imaginar o que de melhor Ele poderia dar somente a mim!

Sabe, caros leitores, o inimigo é sujo. Você acha que ele está preocupado com aquele que está no mundo, vivendo uma vida de pecados? Não. O inimigo parte pra cima daquele que tem sede de Deus, daquele que quer se achegar ao Pai. Pois esse é quem apresenta ameaça a satanás. O inimigo usa de armas que não podemos imaginar, ele usa a boca do seu melhor amigo, usa a sua baixa auto-estima, ele usa a comparação para te afastar de Deus. E eu, estava fraca, estava cansada para lutar. E, infelizmente cai nas armadilhas do inimigo. Cai numa vida de pecados, esqueci do meu Pai que me amava, e daqueles principíos que me acompanharam. Comecei a viver uma vida fria com Deus. Virei de costas para o Pai e tampei os ouvidos. Para mim, Ele não me queria mais na sua festa. E nesse tempo, de pouco menos de um ano, foi o tempo que eu fiz as maiores burradas da minha vida. Muitas vezes, aquelas mesmas bocas que contribuiram para que eu afastasse do Pai, Ele as usou para tentar me chamar, mas nem elas eu ouvia. E tudo que eu buscava no mundo, só aumentava ainda mais o vazio do meu coração, o vazio tomado por baixa auto-estima, necessidade de auto-afimação, depressão, falta de amor-próprio e tentações. Algumas vezes, nesse meio tempo, quando estava fraca, e não tinha mais forças para lutar contra mim mesma, eu recebia algumas visitas rápidas de Jesus. Chegava a olhar um pouco para trás, destampava um dos ouvidos, e ouvia Ele me chamando. Ele chegou chegou a sentar na sala de estar do meu coração, mas não passava de visitas. Pois eu continuava querendo que Ele fizesse a MINHA vontade. Continuava querendo, apenas ir na grande festa dos céus, e não imaginava que o propósito de Deus era maior. E continuei ouvindo o Seu silêncio.

Então, foi preciso que Deus gritasse. Foi preciso que Ele usasse a pessoa que eu mais amo nessa terra para me chamar. Foi preciso que Ele me fizesse cair, para que eu pudesse parar. Para que eu não seguisse mais naquele caminho tão tortuoso antes que fosse tarde demais.

E de um tempo pra cá, mais ou menos um mês, eu resolvi destampar os ouvidos. Eu resolvi me virar de frente pro Pai, e ouvir ele me chamando. E imagino que o inimigo tenha se desesperado quando ele percebeu isso, e sujo como ele é, não quis que eu voltasse para a casa. Eu comecei a pensar "será que Deus vai me perdoar? Depois de tudo que eu fiz? Ele não vai me querer de volta. Afinal, porque Deus está me fazendo passar por tanto sofrimento? Eu não mereço tanto isso. Eu não são tão má assim. Essa cruz tá pesada demais. Acho que Deus 'tá' me castigando".
Mas Deus começou a gritar mais alto, e eu continuei a caminhar, em passos curtos, mas continuei. Até que eu resolvi correr, a sede estava me dominando, resolvi tirar centro e trinta reais do MEU bolso para ir a um acampamento SOZINHA. Este acampamento aconteceu no último feriado de Corpus Christi. Dos dias 02/06 a 06/06. E no dia 03/06 eu ouvi, através de uma pregação da parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-32), Deus me dizendo: Filha, eu te perdoo SIM, eu te aceito de volta. E para mim estava ótimo. O acampamento poderia acabar naquele dia mesmo. Porém, no segundo dia de acampamento, no dia 04/06 Deus disse: Filha, tua cruz não é maior que você pode carregar. Eu te ajudo, estarei aqui. Eu estava tão alegre depois da pregação de quinta, que tinha me esquecido de todos os problemas e angústias que tinha deixado em Belo Horizonte, tinha me esquecido da dor e do sofrimento, e tinha esquecido que menos de uma semana antes eu tinha chorado no meu quarto, pedindo ao Pai alguma resposta, perguntado a Ele, porque? Porque comigo? Porque tanta dor? E nesse dia quatro de junho Ele me respondeu. Durante esse feriado, um ano depois daquele primeiro encontro em 2009, onde eu tinha buscado tantas respostas, e tinha encontrado silêncio, Deus falou nitidamente comigo. Falou muito mais do que eu citei aqui. Deus me mostrou que Ele não se esqueceu de mim em nenhum momento. E o que o preço que o Jesus pagou na cruz por mim e por VOCÊ, não foi EM VÃO! Deus me mostrou que Ele não quer que eu só vá a Grande Festa dos Céus. Ele me fez entender, que muito mais que ser convidade para salvação, que muito mais que passar pela porta do paraíso, eu estarei ao lado dEle, não só como mais uma convidade, mas como Filha, como Amiga do Pai. Como a Nathália, que Ele conhece não só o número de células e fios de cabelo, mas a Nathália que Ele conhece as dores mais íntimas do coração. Deus me mostrou que não importa quem eu sou, o que eu fiz, que Ele nunca vai desistir de mim. Que a paz dele excede qualquer entendimento. E que a misericórdia supera qualquer entendimento humano. E então, eu pude entender, que Ele nos chama, seja na dor, seja no amor. Que Ele está aqui, pra quem quiser ver. Que perdemos muito tempo olhando para o lado, para o outro. Enquanto o que Deus quer nos dar está bem debaixo dos nossos narizes, e que é muito maior do que possamos imaginar!

...A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:7)


Para finalizar, gostaria de agradecer alguns elogios que tenho recebido. Fico muito feliz em saber que algumas pessoas reservam um pouco do seu tempo para ler o que escrevo. Obrigada pelo reconhecimento. E gostaria que vocês vissem um vídeo que me fez derramar boas lágrimas.





Um grande beijo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

" Por tudo o que tens feito...



... por tudo o que vais fazer, por tuas promessas e tudo que és, eu quero te agradecer, por todo meu ser... Te agradeço, meu Senhor. Te agradeço por me libertar e salvar, por ter morrido em meu lugar..."

Ontem no início da célula que tem aqui em casa todas as terças, nós cantamos essa música. Eu sempre achei a letra muito bonita e a melodia dela em tom de coro também é... mas nunca tinha meditado nisso, e na hora que estavam todos cantando, não foi diferente. Eu cantei, automaticamente, como alguém que cresceu a ouvindo e poderia cantá-la de trás para frente.

"Dai graças ao Senhor; invocai o seu nome; fazei conhecidos os seus feitos entre os povos. Cantai-lhe, cantai-lhe louvores; falai de todas as suas maravilhas."(Salmos 105:1-2)


Mais tarde, antes de dormir, passei pela televisão e tava passando um programa que eu só fui descobrir o nome hoje lendo o twitter, ele se chama A Liga, e passa na Band. Ele contava a história e várias pessoas que vivem abaixo da linha da miséria e sobreviviam pelo LIXO. (E você, caro leitor, não mede o quanto eu me interesso por programas e questões sociais, é maior que eu, sério.) O programa me atraiu como uma imã, e fiquei o assistindo até o sono se tornar maior que eu. Dentre outras histórias a que mais me comoveu foi a de uma mulher (Aline) que lucra R$60,00 por dia catando garrafas pet no lixão. Ai eu parei pra pensar, se ela trabalhar seis dias na semana ela lucraria R$360,oo... Em um mês R$1080,oo. É tá bom.
Peraí, bom pra mim né, que moro com os pais, tenho gente para pagar transporte, escola, luz, água, telefone, comida, lazer e o que eu precisar mais, e além disso não tenho filhos. Agora imagine uma mulher, vivendo na periferia, sem ter acesso a tudo isso que eu citei, nem a uma moradia decente, saneamento básico, trabalhando em condições miseraveis, convivendo com poluição, urubus e um cheiro que não quero nem imaginar, mais a necessidade de criar SETE filhos. Gente, isso não dá pra pagar a escola de duas crianças!
Outra história que me surpreeendeu muito foi a de uma moça, de VINTE E DOIS ANOS, que tem CINCO filhos, e alimenta as crianças com resto de comida. (E eu conheço gente de vinte e dois anos que briga com a irmã por causa de absorvente). Sim, ela sobrevive catando frutas e legumes no Ceasa paulistano. E eu fico nervosa quando não posso comer um chocolate.






Juntando a isso, lembrei-me que uma vez um professor de geografia me disse que existe mais gente obesa do que desnutrida no mundo. E daí? O que isso significa? Significa que comida tem! O que falta é distribuição. E em menos de um minuto, associando todas essas informações, a música com a qual eu iniciei essa postagem me veio a cabeça...
Eu olhei ao meu redor, estava assistindo uma televisão, sentada numa cama, na minha casa, acompanha da minha família. Eu não tava com fome, nem com frio, mas se eu tivesse também, poderia solucionar o problema só mudando de cômodo ou de roupa. E através desse programa eu pude perceber como o ser humano é INGRATO, como nós queremos sempre mais, mais e mais. Como não sabemos falar um simples obrigado, como almejamos o supérfluo. E tudo que eu pude fazer na hora, foi agradecer e agradecer e agradecer. Eu agradeci tanto a Deus, por cada objeto, por cada familiar, por tudo...

"(...) e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai." Colossenses 3: 15-17



E comecei a pensar que o meu nada, o meu resto, o meu lixo, pode ser o tudo que alguém estará agradecendo a Deus amanhã. Eu me senti tão pequena, diante daquelas histórias extraordinárias, me senti tão material e pensei o que Deus quer que eu faça diante disso. E a resposta veio num piscar de olhos. Além da gratidão, Deus quer a nossa obediência, a nossa humildade, para que assim possamos servir, a Ele e ao próximo.

"Porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lucas 14:11)



Assim como Jesus lavou os pés dos seus discípulos, nós devemos lavar os pés todos os dias. Seja lavando as louças da sua casa, arrumando a sua própria cama, fazendo um trabalho voluntário, ajudando um deficiente a atravessar a rua, ajudando seu professor a carregar o material (não pra puxar saco), ajudando o seu colega. Existem atos tão acessíveis de bondade e servidão, que são tão pequenos, mas que podem fazer a diferença numa vida. A necessidade de ajudar o outro, de servir é tão visível e nítida no dia-a-dia, mas parecem que estão todos cegos e egoístas. É só parar pra observar, até pra existir, você precisou de alguém. Ninguém vive sozinho! O ser humano foi criado para viver em sociedade, em grupo! Mas parece que nós, a raça humana tão superior, não aceitamos isso. O apocalipse está mais próximo e visível a cada-dia, só não queremos enxergar. Então é isso, obrigada pela atenção.
Me despeço de vocês, com uma palavra do mestre.






"Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos." (Mateus 20:26-28)

Tenham um bom feriado :D

Ps: espero que a leitura não tenha ficado cansativa e muito colorida.


Um beijo grande.